Hoje deparei-me com esta informação sobre o recente vencedor do Nobel da Literatura, Le Clézio:"(...) a necessidade de sonhar que, em miúdo, levou-o a ler os dicionários da avó e a ouvir as suas histórias; o acesso posterior à leitura e a predilecção por livros de aventuras; o desconforto de querer escrever para os que passam fome e saber que só os que têm muito para comer sabem da sua existência; a renúncia dos escritores à pretensão de mudarem o mundo, resumindo-se a testemunhas desse mundo; a falta de liberdade de expressão num quadro global; a solidão como companhia na qual o escritor encontra a essência da felicidade; e, entre outros tópicos, a apologia do livro, "por old-fashioned que possa ser".(...) há trinta anos, viveu com uma tribo indígena no Panamá, onde presenciou "a mais autêntica expressão da arte", personificada em Elvira, mulher aventureira com fama de bêbada e conhecida pelo talento para contar histórias. "Era poesia em acção", disse, revelando ter vindo de lá ciente de que, mesmo sujeita a convenções e compromissos, a literatura pode e deve existir. Foi, assim, a Elvira que o escritor dedicou, especialmente, o Nobel.(...) considerou que "erradicar a fome e a iliteracia" são desafios correlacionados e os maiores da humanidade. E evocou Heráclito: "O reino pertence a uma criança."Parece-me ser uma pessoa interessante..."A Natureza mostra-nos um mundo variegado e nós tendemos a fixar-nos mais nas diferenças que nos separam do que nas semelhanças do desenvolvimento das nossas culturas".Lévi-Strauss
2 comentários:
muito bom! eheheheh (O que foi isto, Ana Patrícia? Uma espécie de post?)
olha tenho um pousado na minha mesa de cabeceira e ainda nao li...dp digo te o q achei do sr clezio...baciii
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