Os nossos bons reencontros

A vida tem coisas engraçadas. Não me apetecia nada ter de ir a Lisboa, a minha vontade era ir para casa “preguiçar”. No entanto, uma tarefa, e a noção de compromisso, falou mais alto e lá fui eu. Os horários acabaram por sair trocados e eu tinha de aguardar até ao compromisso. Andei indecisa na escolha do sítio onde iria “fazer tempo", acabando por optar ir para perto dos livros, enquanto ouvia música. E se já fazia a associação de livros/escrita e ela, agora ainda tenho mais firmeza nisso.

Continuando, quando estava a sair tive uma agradável surpresa: esta menina tinha-me visto passar. Foi mais um dos nossos bons reencontros. Com sorrisos e abraços, e a total noção de que tudo isto é tão natural em nós. Tal como a vontade de se começar a falar de tudo e mais alguma coisa. De se partilhar tudo e de se ouvir. É uma bela e grande cumplicidade. E isso é tão bom.

O tempo passa e nem notamos. E os compromissos passam para segundo lugar, porque o que nos apetece é preservar aquele momento, e sabe tão bem.

E saio sempre com o mesmo sorriso tonto. Com uma sensação boa, com a vontade de dar mais abraços, de falar mais, de rir das nossas maluqueiras, e sempre com a mesma certeza: connosco as coisas são mesmo assim. E isso é tão bom. Sei que sabes mas não me canso de referir: podes sempre contar comigo para o que precisares.

E se ultimamente ando a pensar nas decisões profissionais que tenho para tomar, reparo nas grandes certezas: a total noção das pessoas que me são especiais.

E tal como já escrevi aqui, e exactamente pelo mesmo motivo, fico sempre com a ideia de que escrevo, escrevo, e que não transmito tudo o que sinto. No entanto, sinto um aconchego enorme quando, ao linkar para o blogue dela, me deparo com este post, com todas as suas belas palavras, e mais ainda, com o poderoso mundo dela: a intensidade da sua escrita. Obrigada por todo o carinho e por seres tão especial.