segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Coisas boas

Hoje o dia começou com situações imprevistas. Tratei, logo, de fazer umas quantas alterações para estar com quem mais queria, para ajudar, para estar ali, para sorrir, para o que quer que fosse necessário. 
Depois, tinha de aviar uma coisa, que começou por ser de manhã, passou para a hora de almoço e sabe-se lá porquê - eu acho que o destino - passou para a parte da tarde. A piada é que, sem explicação aparente, andei a fazer tempo até ir tratar de aviar o que era preciso. Entrei em lojas, caminhei mais devagar do que o habitual. Fui ao sítio mais longe, aliás tinham-me aconselhado a ir ao que estava mais perto mas eu decidi ir a outro. Quando lá cheguei estava bastante gente. Comecei a olhar à volta e li numa placa algo que me fez pensar nesta pessoa, na sua actual profissão, olhei à volta e vi uns produtos que me fez recordar este preciso post. E comecei a pensar em imensas coisas dela (a forma como ama, a forma como escreve, a relação dela com o "Um", a actual profissão dela, etc). Num curto espaço de tempo, a minha mente estava a processar todas estas informações, misturadas com o carinho que sinto por ela. Olho para a porta e muita atenção ao pormenor: vejo-a entrar. É que nem a vi já lá dentro...Não, foi mesmo a entrada dela. E isto agora já nem sei explicar por palavras...E isso é que é fodido (mais uma vez apelo ao  "fodido" de "O poder libertador do palavrão", de Miguel Esteves Cardoso, que embeleza todo o sentido das asneiras). 
Olhei duas vezes porque nem estava a acreditar. E ela estava a olhar para mim com o mesmo ar. Tive dúvidas se aquilo ainda era fruto do meu pensamento. Fazia sentido ela estar naquele espaço (a nível profissional) mas o facto de ser naquele preciso espaço é que me surpreendeu, até porque eu raramente ía ali, bla bla bla teorias que estavam a surgir a uma velocidade louca. É impressionante o que aconteceu. Estava a pensar naquela pessoa, que pensava estar longe de mim, e que, afinal, naquele mesmo momento, estava ali, à minha frente. Isto ainda tornou mais inacrediável. 
Gritámos (tentámos controlar o som por causa do espaço e das pessoas), deu-se uma corridinha feminina (com saltinhos à mistura, perdoa-me já não sei se foram só os meus saltinhos ou se foram o de ambas) e um abraço sentido. Estavamos a rir, a sorrir, a partilhar aquele abraço. Aquele abraço! Aquele que é verdadeiro, sentido. Aquele que sabe mesmo bem. Foi um misto de emoções. 
Ainda não estava a acreditar que estávamos ali as duas, juntas, a falar, a rir, a sorrir. Foi tão bom. Foi um momento intenso, acho que conseguimos falar do máximo de coisas, naquele espaço de tempo. 
A nossa amizade perdura com a distância. Fisicamente até podemos estar longe, em termos espaciais (embora hoje tenhamos, felizmente, verificado o oposto), mas sabemos que podemos contar uma com a outra, sempre, a qualquer momento. E, felizmente, temos conseguido acompanhar a vida uma da outra.
Depois, saí dali com um sorriso na cara. Fui em passo apressado para contar, a ele, o que tinha acabado de acontecer. Comecei com um feliz: "não vais acreditar". E ri, sorri, repeti e reproduzi (com o momento da corridinha e tudo) o que senti por ver-te ali. Foi tão bom, tão inesperado, que ainda agora estou a sorrir por recordar o quanto gostei de estar contigo, de ver-te, ver que estás bem (confortou-me porque vi ,ali, naquele momento, como é que estás. Sei que colocamos a nossa conversa em dia, por diversas vezes, mas ver-te pessoalmente deu-me segurança).
Decidi que gosto destas coisas. Deste tipo de imprevisto. Este é dos bons. Gosto deste carinho, destes miminhos que a vida tem para dar. 
Ele tentava acompanhar o que lhe contava. Sorriu, riu, partilhou da minha felicidade, enfatizando que agora estava mais perto e possível de se repetir. Fui surpreendida com a forma como disse: "gostava de conhecer o Um". Expliquei-lhe que, possivelmente, isso já seria mais complicado. Achei  engraçado a espontaneidade dele ao dizer o nome real do "Um". Confesso que a aquela frase me surpreendeu imenso, não tinha mesmo noção disso. Percebi, naquele instante, que lhe falara, bastante, da relação da mãe caracol com o filho...
Que tenho um carinho enorme, quase que inexplicável, pela relação deles, isso já está mais que esclarecido. Ela é minha amiga, gosto muitooooooo dela, o "Um" é super fofo, gosto muitoooo dele, quero-lhes muito bem. Gostei foi de saber que ele, mesmo sem os conhecer, tem esta empatia. Avisei-o para, sempre que passar por ali, estar atento às pessoas, que é para, caso a veja, ir-lhe falar.
No final da noite falei-lhe do convite que ela fez. Ele respondeu logo que sim, e nem necessitou de pormenores. Dei os meus pulinhos de alegria, fiz a minha happy dance. E estou, até agora, com um sorriso tonto na cara, que passa também por uma vontade de deixar cair umas lágrimas de felicidade, porque o dia  foi inesperado mas bastante bonito. Fico lixada por escrever, escrever, e ficar com a ideia de que não exprimi tudo o que senti, tudo o que sinto. Mas senti, e sinto, muito. E estou muito feliz.
E agora, após escrever estas linhas todas, fui para colocar os links com o blogue dela e vi o post que ela escreveu. Adorei as palavras, adorei o facto de que, sem sabermos, acabámos por escolher uma imagem dentro da mesma linha. Muito bonito. Adorei o carinho de hoje. Muitos beijinhos. 

1 comentário:

Alina Baldé disse...

Essas palavras exprimiram muito e, como é previsível, emocionaram-me! =) Fizeram-me rever o filme todo outra vez, e relembrar o quão fantásticas são as surpresas da vida!

Tu e ele são fantásticos. São dos casais que mais gosto e aquele que me fazem acreditar que o amor tal qual sonhámos existe. =) Por isso, não é de admirar que ele esteja tão atento ao teu mundo e lhe saia naturalmente o nome do Um. O que me deixa muito feliz, que um dia quando tiverem um petiz (AliB in da house!) vão saber que quem gosta dos nossos, entram directo no nosso coração.

Foi pena não teres conhecido o «meu» toureiro, mas olha, já nem eu o reconheço, tal são as medidas de austeridade daquela casa para nos afastar. ahahah. E podes dizer à tua amiga que o baixinho é muito simpático, sim, é o Ruben e jogou hoquei em patins. (Sim, eu sei que as meninas gostam de saber estes promenores. Quem sabe já lhe dei o mote para meter conversa com ele. eheheh)

Beijoooooooooos e espero a resposta sobre o convite de sábado! (torço para que te dêem folga!!!) =D