domingo, 5 de outubro de 2008

Cette artiste conceptuel

Sophie Calle pode ser considerada "fora do comum". Na realidade é isso que me agrada nela! A mistura de "realidade e ficção" e toda aquela sua criatividade/loucura fez-me reparar nela. Ela cria e recria realidades.

Passo a dar alguns exemplos da peculiaridade dos trabalhos dela:

- Ao estar aborrecida numa esplanada começa a reparar nas pessoas à sua volta... Viu um homem e iniciou uma perseguição, de Paris até Veneza, chegando mesmo a falar com pessoas com quem ele se encontrava mas sem jamais o abordar.
- Contratou um detective privado para a seguir. Não conhece a pessoa que a seguirá, mas pede a um terceiro que se coloque num ponto intermédio e que fotografe as acções de qualquer um que aparente estar a segui-la.
- Decide tornar-se criada de um quarto de hotel para fotografar os objectos dos ocupantes desses quartos - enquanto estão ausentes- tentando, a partir deles, conhecer as suas personalidades e hábitos.
- Convidou amigos, conhecidos e desconhecidos a dormir 8 horas na sua cama e enquanto dormiam, ela tirava fotografias.
- Um americano, após ver o trabalho dela, pediu para ir dormir nessa mesma cama para curar um desgosto de amor. Ela não o recebeu em Paris, mas para cumprir o pedido, enviou-lhe a cama para a California. 6 meses depois a cama é-lhe reenviada pois o desgosto já estava curado.
- Seguindo as instruções de Paul Auster faz 3 tipos de trabalho: performance/instalação/fotografias. Na primeira segue uma dieta cromática onde apenas comia alimentos de uma só cor Na segunda apenas fotografava objectos e temas de uma determinada letra. Na terceira seguiu à risca as instruções de Paul Auster sobre o estilo de vida em Nova Iorque e passou a personalizar várias coisas, entre elas uma cabine telefónica.
- Fez um filme sobre uma viagem de carro com o namorado, de Nova Iorque à Califórnia, que culmina no casamento entre os dois em Las Vegas. E muito "no sex last night"...

Dizem que as pessoas ou amam ou odeiam o trabalho dela. Sinceramente não sou grande apologista de extremos. Neste caso simplesmente acho interessante a sua visão da vida, de arte. Aquele misto de diferença/loucura não me deixa indiferente. Acho importante que no mundo haja de tudo!

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